quarta-feira, 13 de maio de 2009

USP, Unicamp e Unesp irão compor universidade virtual

São Paulo irá receber nos próximos meses mais um reforço em seu sistema de ensino a distância: a Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo). O anúncio foi feito no último domingo, 14 de setembro, pelo presidente do comitê científico da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância), Waldomiro Loyola. Ele representou o secretário de Ensino Superior do estado de São Paulo, Carlos Vogt, na cerimônia de abertura do 14° CIAED (Congresso Internacional ABED de Educação a Distância), em Santos.

Segundo Loyola, a Univesp não representa uma nova instituição, mas sim uma ação cooperativa que integra cursos de graduação e pós-graduação lato sensu a distância das universidades estaduais paulistas - USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e Unicamp (Universidade de Campinas). "O objetivo do projeto é expandir o ensino superior público do estado por meio do uso de tecnologias. Um crescimento não só no aumento das vagas, mas também na ampliação do alcance geográfico", explica ele. A iniciativa se assemelha ao Consórcio Cederj (Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro), órgão que reúne as universidades públicas fluminenses.

A formação da Univesp, de acordo com o presidente do comitê científico da Abed, será integrada. Enquanto a secretaria de Ensino Superior de São Paulo entra com recursos financeiros para que o projeto saia do papel, as instituições paulistas devem oferecer parte de seus recursos humanos ? professores e colaboradores ? para o desenvolvimento dos cursos que irão integrar a universidade. "Cada universidade terá um comitê Univesp que será responsável pelo acompanhamento das propostas, suporte na elaboração e proposição dos novos cursos e serviços, e supervisão acadêmica", cita Loyola. "A autonomia das instituições também será preservada nesse projeto", acrescenta ele.

Entre 2007 e 2008, o governo do estado de São Paulo investiu R$ 25 milhões na Universidade Virtual. "Essa verba inclui os custos dos equipamentos para o lançamento do canal digital da TV Cultura, que ajudará disseminar o projeto e seus cursos a comunidade paulista", declara Loyola. A Univesp, num primeiro momento, irá aproveitar a infra-estrutura já existente do estado. No entanto, as atividades presenciais não se restringirão às cidades onde as três universidades participantes atuam. "Os pólos estarão espalhados por 70 diferentes municípios, isso porque serão aproveitados os campi dos Centros Paula Souza", explica Loyola.

Loyola acredita que os primeiros vestibulares da Univesp serão lançados em breve. "Há alguns cursos que aguardam apenas aprovação do conselho administrativo da universidade para que possam sair do papel", alerta ele. Entre as propostas que esperam os trâmites burocráticos para a implantação estão quatro cursos de graduação: pedagogia (Unesp); Licenciatura em Ciências (USP), Licenciatura em Ciências Biológicas (USP) e Pedagogia (USP). "Os conselhos universitários de uma universidade pública têm muitas facetas. Portanto, pode ser que a aprovação seja rápida ou pode ser que ainda leve mais algum tempo. Não existe uma previsão", diz o presidente. Ainda não se sabe quantas vagas a Univesp vai oferecer. "Essa é uma peculiaridade que vai depender dos projetos apresentados pelas universidades", declara Loyola.


Fonte: www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=16662

Um comentário:

  1. Muito interessante o post, pois acredito que Univesidades Virtuais seriam uma forma de inclusão social a educação para aquelas pessoas que tem dificuldade em pagar os gastos com condução até a Universidade ou até mesmo para os que não podem frequentar regularmente uma universidade tradicional devido ao conflito de horário entre serviço e universidade, por exemplo.

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